sábado, 20 de outubro de 2012

É possível plantar sorte?

No feriado de 7 de setembro eu fui pra Sorocaba. Fiquei muito tempo esperando na rodoviária de Campinas e então resolvi almoçar no Spoletto. Junto com a refeição veio um brinde numa caixinha (sim, a da foto) e dentro dessa caixinha havia um vasinho, terra e sementes de trevo de quatro folhas. Quando eu cheguei em casa, guardei a caixinha na minha penteadeira e esqueci dela lá. Ontem uma parte muito importante de mim se transformou... Uma parte que, na verdade, sempre esteve em mutação. Passou do nada para alguma coisa, e dessa coisa uma outra, que não era pra ser e daí teve um fim (que eu não acredito muito que seja o fim). A sorte veio me acompanhando desde o comecinho. Sorte de sentir, de conhecer, de admirar, de ser recíproco, de ser franco, de ter aprendido muito... Sorte de ter tido a oportunidade de ter vivido isso, que foi bonito, do seu jeito, pelo menos pra mim, na minha cabeça, foi. E eu nunca fui muito de saber a hora de parar. Pra tudo na vida existe essa hora porque tudo que acontece faz parte de um ciclo e ciclos sempre terminam. Mas dói. Dói muito. Mas voltando a falar do vasinho... Hoje eu acordei e fui obrigada inspirada para arrumar o meu quarto e aí eu achei essa caixinha e resolvi abrir. Achei tão bonitinho o cuidado deles em colocarem as sementinhas, o vasinho e a terra, tudo prontinho, foi só plantar e colocar água. Deixei do lado de fora da minha janela e foi então que eu comecei a refletir sobre a sorte e no quanto ela me acompanhou nesse período. Saí pra caminhar e no meu ipod no modo aleatório tocou a música "Lucky" da Colbie Caillat com o Jason Mraz. Sorte... Mas aí vem o Cazuza e me fala "Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida". Um amor tranquilo... tranquilo. Eu não sei se esse vasinho vai vingar. Eu não sei se vai nascer um trevo de quatro folhas ali mas eu tenho certeza que a sorte vai bater na minha porta de novo, como bateu, e dessa vez ela não vai embora. Por enquanto, o que eu queria mesmo falar tá aqui: É só isso.Não tem mais jeito. Acabou. BOA SORTE... http://www.youtube.com/watch?v=v4k6JgC7UVA

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Dead Flower

Há pouco tempo atrás eu dei um conselho para uma menina que estava chorando muito. É uma menina muito querida por mim e é claro que eu quis saber se poderia ajudá-la de alguma forma e ela acabou me confidenciando que está apaixonada e por quem ela está apaixonada. Na hora eu só queria que ela parasse de chorar e então comecei a despejar milhares de conselhos para que ela conseguisse esquecer aquele amor platônico. Disse pra ela parar de ouvir músicas românticas, pra ela esquecê-lo porque não havia nenhuma chance deles ficarem juntos (sendo bem realista) e contei uma história de uma paixonite da minha adolescência com a intenção de aliviar um pouco aquele coraçãozinho tão novinho. Hoje eu estava tomando banho e de repente me veio um pensamento daqueles que passam pelo seu corpo inteiro e ficam rodeando como se fosse uma tontura ou uma nuvem. Não sei porque depois desse tempo
eu fui me dar conta de que todas aquelas palavras que eu disse pra ela eram desesperadamente endereçadas a mim mesma. Era como se aquela menina tão novinha fosse um espelho meu e da minha situação... Todos os conselhos que eu dei pra ela e a história que eu contei, tudo isso era pra mim. E o mais inacreditável foi perceber que eu levei 3 semanas pra perceber isso e agora fica tudo tão mais claro. Me deu uma tristeza... uma vontade de chorar ou de dormir, não sei bem.. ou de ficar quietinha num quarto escuro pensando, lembrando e pensando e lembrando... E me vem à cabeça só uma palavra dessa história toda: RESIGNAÇÃO. "A resignação, ou ainda aceitação, na espiritualidade, na conscientização e na psicologia humana, geralmente se refere a experienciar uma situação sem a intenção de mudá-la. A aceitação não exige que a mudança seja possível ou mesmo concebível, nem necessita que a situação seja desejada ou aprovada por aqueles que a aceitam. De fato, a resignação é freqüentemente aconselhada quando uma situação é tanto ruim quanto imutável, ou quando a mudança só é possível a um grande preço ou risco." O problema é que, por ser tão passional (como diz um amigo meu) eu não consigo me resignar somente a um assunto... Todas as áreas da minha vida saem prejudicadas até que eu possa passar por isso tudo e conseguir sair ilesa. Aliás, é impossível sair ilesa dessa história, por alguns vários motivos. E me colocar de novo naquele lugar em que eu estava há 3 semanas atrás, o de conselheira, e entender que essa brincadeira de criança foi longe demais... demais!