Desculpa amigo mas hoje eu precisava de vc!
Eu sei, de onde vc está agora vc não pode ler esse texto, mas talvez possa senti-lo.
Lembrei tanto de vc essa noite, tenho pensado muito em vc nesses dias. Tenho rezado muito por vc e por mim. Pra que vc fique bem onde quer que esteja e pra que eu consiga, um dia quem sabe, esquecer essa dor.
Machuca demais lembrar de vc aqui, e de vc partindo. Eu carrego comigo a sensação de impotência por não ter conseguido te fazer mudar de ideia e ficar. Eu lembro e relembro aquele dia como se fosse ontem.
Seus cds estão aqui ainda, não consigo me livrar deles e nem ouvi-los.
Eu espero ansiosamente o dia em que eu vou te ver, correr até vc daquele jeito que eu sempre fazia qdo te via! Depois de alguns tapas e de perguntar pq vc fez isso comigo, eu vou te abraçar muito apertado e dizer o quanto vc fez falta aqui!
Não consigo ouvir essa música sem lembrar de vc:
Você agora, enquanto pai,
Ajeita aquela flor
Um afago talvez
No rosto sem cor
Agora que ele já fechou
Os olhos pra você
Que você notou
E parou pra ver
Mas já passou, e já passou
Como a sombra que sumiu
Atrás do muro
Tudo o que ele quis ficou
Pra trás
Tudo que a mãe sonhou,
Não sonha mais
E o que pai não fez porque
Só guardou
As frases sem falar
E festa que você não fez
Já não há mais planos,
Não pra vocês
Com todas as pistas,
Você não descobriu
Era sangue seu,
E você não sentiu
Mas já passou, e já passou
Como a sombra que sumiu
Atrás do muro
Tudo o que ele quis
Ficou pra trás
Tudo que a mãe cerziu
Não serve mais
O que o pai não fez
Não conta mais
Tudo o que era seu
Ficou pra trás
Todos os fantasmas
Que ele foi atrás
E jamais venceu
Não vence mais
Mas já passou, e já passou
Como a sombra que sumiu
Atrás do muro
E agora já ficou
Ficou pra trás
Ele já ficou
Ficou pra trás
Ele já ficou
Ficou pra trás
domingo, 31 de julho de 2011
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Vida
Não consigo achar o sentido da vida. Não sei onde eu o perdi, não lembro onde deixei.
Deve ter ficado na Av Paulista, ou depois, na Ipiranga, ou antes, na Times Square.
Na última vez em que eu entrei no mar, ou será que foi da primeira?
Acho que foi quando caiu o último dente de leite. Sei que não foi na última lágrima pq essa foi agorinha mesmo, e esse sentido que eu procuro já não estava mais aqui.
Tento me lembrar como quando alguém perde a chave do carro. Refaço cada passo.
Último palco, último copo de cerveja, de tequila.
Última foto, primeiro beijo, primeiro amor no jardim de infância.
Primeiro floco de neve, última tempestade, último pedaço de bolo.
No cheiro de mimeógrafo, no coração que disparou quando vi alguém que amava.
No fio de cabelo jogado pela janela, na notícia da morte da avó, na última vez que eu ouvi um "Bye Prescela".
Na primeira estrela cadente que eu vi, no livro do Pequeno Príncipe, nas vezes em que eu não falei pra não magoar ou nas vezes que fui o mais sincera que poderia ser.
Na falta da paciência, nas longas noites de sono, numa noite fria esperando um trem em SP.
Na corda que levou meu amigo, na última vez que eu fechei o portão pra alguém, no último vômito, na primeira febre...
Na última vez que chorei assistindo um filme, nos últimos 10 reais da carteira, no show do Elvis cover. Mas isso faz tão pouco tempo!
Não me lembro, só queria de volta.
Deve ter ficado na Av Paulista, ou depois, na Ipiranga, ou antes, na Times Square.
Na última vez em que eu entrei no mar, ou será que foi da primeira?
Acho que foi quando caiu o último dente de leite. Sei que não foi na última lágrima pq essa foi agorinha mesmo, e esse sentido que eu procuro já não estava mais aqui.
Tento me lembrar como quando alguém perde a chave do carro. Refaço cada passo.
Último palco, último copo de cerveja, de tequila.
Última foto, primeiro beijo, primeiro amor no jardim de infância.
Primeiro floco de neve, última tempestade, último pedaço de bolo.
No cheiro de mimeógrafo, no coração que disparou quando vi alguém que amava.
No fio de cabelo jogado pela janela, na notícia da morte da avó, na última vez que eu ouvi um "Bye Prescela".
Na primeira estrela cadente que eu vi, no livro do Pequeno Príncipe, nas vezes em que eu não falei pra não magoar ou nas vezes que fui o mais sincera que poderia ser.
Na falta da paciência, nas longas noites de sono, numa noite fria esperando um trem em SP.
Na corda que levou meu amigo, na última vez que eu fechei o portão pra alguém, no último vômito, na primeira febre...
Na última vez que chorei assistindo um filme, nos últimos 10 reais da carteira, no show do Elvis cover. Mas isso faz tão pouco tempo!
Não me lembro, só queria de volta.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Ela havia saído pra beber numa quinta feira, isso não era saudável. Resolveu que seus últimos R$10,00 serviriam para esse fim.
Pecado ou não ela teve ótimos momentos. Bom papo, bordões e confisssões fizeram parte daquelas muitas horas e daqueles muitos copos de cerveja.
Todos os carros iguais aos dele faziam-na lembrar. Subitamente ela esquecia, ou queria esquecer de fato.
Ao chegar em casa resolveu acender um cigarro e olhar para a lua. A lua, por sua vez, não estava posicionada em um local fácil de ser visualizada e dizia: Se você quiser falar comigo, deite-se no chão. Ela então, mesmo com os cabelos soltos, se deitou sem se importar com a sujeira do chão, com a roupa ou com os pais dormindo no quarto ao lado.
Ela, que sempre via um coelho desenhado na lua, desta vez viu um rosto triste, fez um pedido à lua e cochilou por alguns segundos.
Acordou tremendo de frio e com o cigarro pelo meio. Terminou de fumar e entrou em casa.
Tirou a roupa e ligou o chuveiro quente. Tão quente à ponto de quase queimar suas mãos congeladas.
Sóbria, ela tinha pavor de baratas. Ali ela dividia o box com um filhote que sentia mais medo dela, do que ela dele que, infelizmente morreu afogado. Ela lamentou e pensou no que a diferenciava de um filhote de baratas. Não achou argumentos.
Se deu conta de que estava esfregando o peito com uma bucha cheia de espumas. Era pra tentar tirar de qualquer jeito aquele homem dali de dentro, do coração, da alma...
Ao olhar no espelho ela se deparou com os olhos bêbados, borrados de maquiagem e o peito vermelho de tanto esfregar.
Teve medo de dormir porque sabia que iria acordar no dia seguinte.
Pecado ou não ela teve ótimos momentos. Bom papo, bordões e confisssões fizeram parte daquelas muitas horas e daqueles muitos copos de cerveja.
Todos os carros iguais aos dele faziam-na lembrar. Subitamente ela esquecia, ou queria esquecer de fato.
Ao chegar em casa resolveu acender um cigarro e olhar para a lua. A lua, por sua vez, não estava posicionada em um local fácil de ser visualizada e dizia: Se você quiser falar comigo, deite-se no chão. Ela então, mesmo com os cabelos soltos, se deitou sem se importar com a sujeira do chão, com a roupa ou com os pais dormindo no quarto ao lado.
Ela, que sempre via um coelho desenhado na lua, desta vez viu um rosto triste, fez um pedido à lua e cochilou por alguns segundos.
Acordou tremendo de frio e com o cigarro pelo meio. Terminou de fumar e entrou em casa.
Tirou a roupa e ligou o chuveiro quente. Tão quente à ponto de quase queimar suas mãos congeladas.
Sóbria, ela tinha pavor de baratas. Ali ela dividia o box com um filhote que sentia mais medo dela, do que ela dele que, infelizmente morreu afogado. Ela lamentou e pensou no que a diferenciava de um filhote de baratas. Não achou argumentos.
Se deu conta de que estava esfregando o peito com uma bucha cheia de espumas. Era pra tentar tirar de qualquer jeito aquele homem dali de dentro, do coração, da alma...
Ao olhar no espelho ela se deparou com os olhos bêbados, borrados de maquiagem e o peito vermelho de tanto esfregar.
Teve medo de dormir porque sabia que iria acordar no dia seguinte.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Último Romance
Eu encontrei-a quando não quis
mais procurar o meu amor
e o quanto levou foi pra eu merecer
antes um mês e eu já não sei
e até quem me vê lendo jornal
na fila do pão sabe que eu te encontrei
e ninguém dirá
que é tarde demais
que é, tão diferente assim
do nosso amor
a gente é quem sabe, pequena
ah, vai me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
a fim de te acompanhar
e se o caso for de ir a praia
eu levo essa casa numa sacola..
eu encontrei-a e quis duvidar
tanto clichê
deve não ser
você me falou
pra eu não me preocupar
ter fé e ver coragem no amor
e só de te ver
eu penso em trocar
a minha tv num jeito de te levar
a qualquer lugar
que você queira
e ir onde o vento for
que pra nós dois
sair de casa já é
se aventurar
ah vai me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém
afim de te acompanhar
e se o tempo for te levar eu sigo essa hora
eu pego carona
pra te acompanhar
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Para o meu violão.
Ele voltou depois de tanto tempo longe. A distância não era física, era de espírito. Sempre senti falta dele mesmo não sabendo direito disso. Vez ou outra eu ainda o sentia tão perto mas não achava que ele me percebia ali, tão apreensiva em tocá-lo.
Foi realmente num estalo que eu me dei conta de que precisava conhecê-lo melhor, entender e admirar cada milímetro dele. E ele estava ali pronto e entregue.
É mágica e angustiante a demora em descobri-lo. Demanda o tempo de espera que eu nunca soube administrar muito bem. Abusa da minha paciência, da minha dedicação, tira o sono, a fome, o foco.
Me faz chorar ao vê-lo em outras mãos, tão perfeito. É ele sempre o primeiro e o último pensamento do dia. É por ele que minhas mãos estão mudando. Por causa dele eu não consigo desligar o computador e a casa permanece inerte. Até calejar continua doendo mas eu não me importo, até gosto.
As cifras bagunçadas em cima da cama mostram que ele esteve ali. Ele está ali, em pé, me olhando. Ele pede colo, pede novidade e vai me viciando um pouco a cada dia que passa. Justo ele, feito de madeira e oco por dentro. Ah, se ele soubesse o que sinto...
Trouxe o tom de tudo, o sentido das coisas, alimento pra alma.
Toque, violão.
Não se cale, por favor.
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